Skip to main content

Rinoplastia

Rinoplastia


A Rinoplastia é uma cirurgia plástica que tem como objetivo alterar a forma e a estrutura do nariz, harmonizando-o com as características faciais do paciente. Pode ser realizada tanto por razões estéticas como funcionais (para melhorar a respiração).


Sintomas (Indicações para a cirurgia)

A rinoplastia não visa tratar sintomas de uma doença, mas sim corrigir características do nariz que causam desconforto estético ou problemas respiratórios. As “indicações” para a cirurgia são:

  • Insatisfação estética: O paciente pode desejar alterar o tamanho do nariz em relação a outras características faciais, a largura da ponte, o perfil do nariz (com giba ou depressão), a ponta nasal (muito grande, caída ou arrebitada), narinas muito grandes ou assimétricas.
  • Problemas respiratórios: A cirurgia pode corrigir defeitos estruturais do nariz que dificultam a respiração, como o desvio do septo nasal.

Causas (Razões para procurar a cirurgia)

As razões que levam alguém a procurar uma rinoplastia são variadas:

  • Desconforto com a aparência: O nariz é uma característica central do rosto e, se a pessoa se sente insatisfeita com a sua forma ou tamanho, isso pode afetar a sua autoestima e confiança.
  • Traumatismos ou lesões: Acidentes que alteraram a forma do nariz e/ou a sua função respiratória.
  • Defeitos congénitos: Anomalias no desenvolvimento do nariz desde o nascimento.
  • Problemas respiratórios crónicos: Dificuldade em respirar pelo nariz devido a problemas estruturais.

Diagnóstico (Avaliação pré-cirúrgica)

O “diagnóstico” para a rinoplastia é, na verdade, uma avaliação detalhada das preocupações do paciente, da estrutura do seu nariz e das suas características faciais. Este processo inclui:

  • Consulta inicial com o cirurgião: Onde o paciente expõe os seus objetivos e expectativas. O cirurgião irá perguntar sobre o histórico médico, alergias, cirurgias prévias e uso de medicamentos.
  • Exame físico detalhado: O cirurgião examinará a pele do nariz, a cartilagem e a estrutura óssea, tanto externa quanto internamente.
  • Análise facial: Avaliação da harmonia do nariz com as outras características faciais.
  • Fotografias pré-operatórias: Para planeamento da cirurgia e comparação posterior.
  • Discussão das opções e riscos: O cirurgião explicará as técnicas disponíveis, os resultados esperados e os potenciais riscos e complicações.
  • Simulação de resultados: Em alguns casos, são utilizadas imagens de computador para simular possíveis resultados e alinhar expectativas entre o paciente e o cirurgião.

Tratamento (O procedimento cirúrgico)

O “tratamento” é a própria cirurgia de rinoplastia.

  • Tipos de Rinoplastia:
    • Rinoplastia Aberta: É feita uma pequena incisão na columela (a tira de pele entre as narinas) para levantar a pele e expor as estruturas nasais. Permite uma visão completa da área a ser operada.
    • Rinoplastia Fechada: As incisões são feitas apenas dentro das narinas, sem incisão externa visível. Oferece a vantagem de não ter cicatriz externa, mas a visualização do cirurgião é mais limitada.
  • Procedimento: Durante a cirurgia, o cirurgião pode remover ou adicionar osso e cartilagem, reposicionar ou remodelar as estruturas nasais para atingir o formato desejado. Pode ser utilizado enxertos de cartilagem (do septo, orelha ou costela) para dar suporte ou volume. Se houver problemas respiratórios, o septo nasal pode ser corrigido (septoplastia).
  • Anestesia: Geralmente realizada sob anestesia geral.
  • Duração: A cirurgia pode durar de uma a várias horas, dependendo da complexidade.
  • Pós-operatório: Pode haver inchaço, equimoses (nódoas negras) à volta dos olhos e nariz. É comum usar um penso externo (gesso ou tala) por cerca de uma semana e/ou tampões nasais. O inchaço diminui gradualmente ao longo de semanas ou meses, e o resultado final pode demorar até um ano a ser visível.

Prevenção

A rinoplastia é uma cirurgia eletiva e não uma condição a ser prevenida. No entanto, algumas “medidas preventivas” podem ser consideradas em relação à cirurgia e ao seu resultado:

  • Escolha de um cirurgião qualificado: Fundamental para minimizar riscos e otimizar resultados. O cirurgião deve ser especialista em cirurgia plástica, reconstrutiva e estética, ou otorrinolaringologia com experiência em cirurgia facial.
  • Expectativas realistas: Compreender o que a cirurgia pode e não pode alcançar é crucial para a satisfação do paciente.
  • Seguir as instruções pré e pós-operatórias: Essencial para uma boa recuperação e para minimizar complicações. Isso inclui evitar fumar, certos medicamentos e exposição solar excessiva.
  • Proteger o nariz após a cirurgia: Evitar traumatismos que possam comprometer o resultado.
  • Estilo de vida saudável: Uma boa saúde geral contribui para uma melhor cicatrização e recuperação.

É importante realçar que a decisão de fazer uma rinoplastia deve ser bem ponderada, com base numa avaliação médica rigorosa e na compreensão total dos riscos e benefícios.

Continuar a ler

Radiculopatia cervical

Radiculopatia cervical


A cefaleia cervical, ou cefaleia cervicogénica, é uma dor de cabeça que tem origem em problemas na coluna cervical (pescoço) e/ou nos ombros. É uma dor secundária, o que significa que é causada por uma disfunção ou lesão nessas regiões, podendo afetar os componentes ósseos, discais, musculares e nervosos.


Sintomas

A dor da cefaleia cervicogénica geralmente começa na nuca ou no pescoço e irradia para a parte da frente da cabeça, podendo atingir as têmporas, a testa ou a zona atrás dos olhos. As suas características incluem:

  • Dor unilateral ou bilateral: Pode afetar um lado da cabeça, mas a dor pode começar no pescoço e espalhar-se.
  • Intensidade variável: A dor pode ser ligeira a moderada ou intensa.
  • Rigidez no pescoço: Acompanhada de limitação da amplitude de movimento do pescoço.
  • Piora com movimentos do pescoço: A dor agrava-se ao movimentar o pescoço ou com certas posturas.
  • Dor referida: Pode sentir-se dor na face, à volta dos olhos, ou no ombro/braço do mesmo lado.
  • Outros sintomas: Náuseas, vómitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia), e em alguns casos, tonturas ou visão turva.

É importante notar que, ao contrário da enxaqueca, a dor cervicogénica não é tipicamente pulsátil e raramente acorda a pessoa durante o sono.


Causas

As causas são diversas e geralmente estão relacionadas com problemas musculoesqueléticos na região cervical:

  • Lesões e traumatismos: Acidentes (como “efeito de chicote” em acidentes de viação), quedas ou lesões desportivas que afetam o pescoço.
  • Disfunções articulares: Problemas nas articulações da coluna cervical, como a articulação atlantoaxial ou a osteoartrite cervical.
  • Hérnias discais: Na região cervical, que podem comprimir nervos.
  • Irritação nervosa: Nervos comprimidos ou irritados na região do pescoço.
  • Tensão muscular e postura incorreta: Stress, má postura prolongada (ex: usar o computador ou telemóvel com a cabeça muito baixa), dormir em posições inadequadas.
  • Bruxismo ou problemas na ATM: A disfunção da articulação temporomandibular pode estar ligada a dores cervicais.

Diagnóstico

O diagnóstico da cefaleia cervicogénica requer uma avaliação cuidadosa, pois pode ser confundida com outros tipos de dores de cabeça. O processo inclui:

  • Histórico clínico detalhado: O médico irá questionar sobre os sintomas, a sua localização, intensidade, duração e fatores que os agravam ou aliviam.
  • Exame físico: Palpação da musculatura e das articulações do pescoço, avaliação da amplitude de movimento cervical, e verificação de pontos de dor ou sensibilidade.
  • Testes específicos: Testes como o de flexão-rotação do pescoço podem indicar limitação de movimento nas vértebras cervicais superiores.
  • Exames de imagem: RX, TAC (tomografia axial computorizada) ou RMN (ressonância magnética nuclear) da coluna cervical podem ser solicitados para identificar problemas estruturais como artrose, hérnia discal ou outras doenças na coluna.
  • Bloqueios diagnósticos: Em alguns casos, a injeção de anestésico em nervos ou articulações específicas do pescoço pode confirmar a origem da dor se houver alívio temporário dos sintomas.

Tratamento

O tratamento visa aliviar a dor de cabeça e resolver o problema subjacente no pescoço:

  • Medicação: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados para o alívio da dor. Em alguns casos, relaxantes musculares ou outros medicamentos específicos podem ser prescritos.
  • Fisioterapia: É um pilar fundamental do tratamento. Inclui exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos do pescoço e ombros, terapia manual, mobilizações articulares e técnicas de reeducação postural.
  • Reprogramação postural: Correção de hábitos posturais inadequados no dia a dia e no trabalho.
  • Bloqueios nervosos ou articulares: Injeções de anestésicos ou corticosteroides em nervos ou articulações específicas podem proporcionar alívio da dor.
  • Radiofrequência: Em casos em que os bloqueios são eficazes, mas o efeito é temporário, a denervação por radiofrequência pode ser uma opção para um alívio mais duradouro.
  • Terapia de relaxamento e controlo do stress: Para gerir a tensão muscular associada.
  • Cirurgia: Raramente necessária, é reservada para casos muito específicos e que não respondem a outros tratamentos.

Prevenção

A prevenção da cefaleia cervicogénica passa pela adoção de hábitos saudáveis e pela correção de fatores de risco:

  • Manter uma boa postura: Evitar posturas prolongadas que sobrecarreguem o pescoço e os ombros, especialmente ao usar computadores, telemóveis ou ao ler. Ajustar a ergonomia do local de trabalho.
  • Atividade física regular: Fortalecer os músculos do pescoço e das costas através de exercícios físicos. Alongamentos regulares do pescoço e ombros.
  • Controlar o stress: Técnicas de relaxamento, meditação ou outras atividades que ajudem a reduzir a tensão emocional podem diminuir a tensão muscular.
  • Dormir bem: Usar uma almofada adequada que mantenha o alinhamento da coluna cervical. Evitar dormir em posições que causem torção ou flexão excessiva do pescoço.
  • Hidratação: Manter-se bem hidratado.
  • Evitar sobrecarga física: Não carregar pesos excessivos de forma incorreta.
  • Deixar de fumar: O tabagismo pode afetar a saúde dos discos intervertebrais.

Se sentir dores de cabeça persistentes ou dores no pescoço que irradiam para a cabeça, é fundamental procurar um médico para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

Continuar a ler

Ptose da Pálpebra

Ptose da Pálpebra


A Ptose da Pálpebra, também conhecida como blefaroptose, é uma condição em que a pálpebra superior desce (cai), cobrindo parcial ou totalmente o olho. Esta queda pode ser mínima e quase impercetível, ou grave o suficiente para obstruir a visão. Pode afetar um (ptose unilateral) ou ambos os olhos (ptose bilateral).


Sintomas

O sintoma principal da ptose da pálpebra é a queda visível da pálpebra superior. Outros sintomas podem incluir:

  • Redução do campo de visão: Se a pálpebra cobrir a pupila, a visão pode ser parcialmente ou totalmente obstruída, especialmente a visão superior.
  • Esforço para levantar a pálpebra: A pessoa pode ter que inclinar a cabeça para trás (posição de “queixo para cima”) ou levantar as sobrancelhas para conseguir ver melhor.
  • Fadiga ocular: Devido ao esforço constante para manter o olho aberto.
  • Assimetria facial: Notória diferença na altura das pálpebras entre os dois olhos.
  • Olhos secos ou lacrimejamento excessivo: Devido à alteração na distribuição das lágrimas ou na proteção do olho.
  • Em crianças: A ptose pode levar a ambliopia (olho preguiçoso) se a pálpebra obstruir a visão e não for tratada precocemente.

Causas

A ptose da pálpebra pode ter diversas causas, classificadas principalmente como congénitas (presente ao nascimento) ou adquiridas:

1. Ptose Congénita:

  • Geralmente causada por um desenvolvimento insuficiente do músculo levantador da pálpebra superior (músculo elevador do pavilhão palpebral). Pode estar associada a outros problemas oculares.

2. Ptose Adquirida:

  • Aponeurótica (Involucional): É a causa mais comum em adultos. Ocorre devido ao alongamento, desinserção ou descolamento da aponeurose (uma fina folha de tecido) do músculo levantador da pálpebra, geralmente associada ao envelhecimento natural. O uso prolongado de lentes de contacto, cirurgias oculares prévias ou traumatismos também podem contribuir.
  • Neurogénica: Resulta de um problema no nervo que controla o músculo levantador. Exemplos incluem:
    • Paralisia do III Nervo Craniano (Oculomotor): Este nervo controla vários músculos oculares, incluindo o levantador da pálpebra. A paralisia pode ser causada por AVC, aneurismas, tumores ou inflamação.
    • Síndrome de Horner: Afeta o sistema nervoso simpático e, além da ptose, causa miose (pupila contraída) e anidrose (ausência de transpiração) no mesmo lado da face. Pode ser causada por tumores pulmonares, lesões na medula espinhal ou na carótida.
    • Miastenia Gravis: Uma doença autoimune que causa fraqueza muscular flutuante, que piora com a atividade e melhora com o repouso. A ptose é frequentemente o primeiro sintoma.
  • Mecânica: Causada por um peso extra na pálpebra que a impede de abrir totalmente, como tumores na pálpebra, quistos grandes, ou inchaço significativo.
  • Miopática: Resulta de problemas nos próprios músculos da pálpebra ou nos músculos oculares. Exemplos incluem distrofias musculares ou oftalmoplegia externa progressiva crónica.
  • Traumática: Lesão direta na pálpebra ou nos seus músculos.

Diagnóstico

O diagnóstico da ptose da pálpebra envolve um exame detalhado por um oftalmologista, e pode incluir:

  • Histórico clínico: O médico irá questionar sobre o início da ptose, se é unilateral ou bilateral, se flutua ao longo do dia, e outros sintomas associados. É importante saber se há histórico familiar de ptose ou outras doenças.
  • Exame oftalmológico completo: Inclui a medição da altura da pálpebra, a função do músculo levantador da pálpebra, e a simetria das pálpebras.
  • Testes específicos:
    • Teste da Fenilefrina ou Gota de Cocaína: Pode ser usado para ajudar a diagnosticar a Síndrome de Horner.
    • Teste do gelo: Aplicar gelo na pálpebra para ver se a ptose melhora, o que pode sugerir miastenia gravis.
    • Exames de sangue: Para procurar anticorpos associados à Miastenia Gravis ou outras condições sistémicas.
    • Exames de imagem: TAC (Tomografia Axial Computorizada) ou RMN (Ressonância Magnética Nuclear) do cérebro, órbita ou tórax podem ser solicitados para identificar tumores, aneurismas ou outras anomalias estruturais que possam estar a causar a ptose neurogénica.

Tratamento

O tratamento da ptose da pálpebra depende da sua causa e da gravidade da condição:

  • Tratamento da causa subjacente: Se a ptose for causada por uma doença específica (ex: Miastenia Gravis, Síndrome de Horner, tumor), o tratamento dessa doença pode resolver ou melhorar a ptose.
  • Cirurgia (Ptose Cirurgia): É o tratamento mais comum para a ptose aponeurótica e congénita, e é realizada por um cirurgião oftalmologista especialista em oculoplástica. O objetivo é levantar a pálpebra para melhorar a visão e a estética. As técnicas cirúrgicas variam dependendo da causa e da função do músculo levantador:
    • Avanço ou encurtamento do músculo levantador: A técnica mais comum.
    • Suspensão frontal: Utiliza o músculo da testa para levantar a pálpebra, indicada em casos de função deficiente do músculo levantador (comum em crianças com ptose congénita grave).
  • Tratamentos não cirúrgicos:
    • Colírios (gotas oculares): Podem ser usados para a síndrome de Horner leve (com prescrição médica).
    • Óculos especiais: Em alguns casos, óculos com um apoio que segura a pálpebra podem ser uma opção temporária ou para quem não pode fazer cirurgia.
    • Monitorização: Para ptose leve e não progressiva, pode ser apenas monitorizada.

Prevenção

A prevenção da ptose da pálpebra é limitada, pois muitas causas (como o envelhecimento ou condições congénitas) não podem ser prevenidas. No entanto, algumas medidas podem ajudar:

  • Proteção ocular: Evitar traumatismos oculares pode reduzir o risco de ptose traumática.
  • Manuseio cuidadoso das lentes de contacto: O uso prolongado e a remoção agressiva das lentes de contacto podem contribuir para a ptose aponeurótica.
  • Gerir condições médicas: Controlar doenças como diabetes ou hipertensão pode reduzir o risco de complicações que afetam os nervos.
  • Exames médicos regulares: Especialmente se houver histórico familiar de condições neurológicas ou musculares.

Em crianças, a deteção e o tratamento precoces da ptose são cruciais para prevenir a ambliopia e garantir o desenvolvimento visual normal.

Continuar a ler

Paralisia do nervo facial (Bell’s Palsy)

Paralisia do nervo facial (Bell’s Palsy)


A Paralisia do Nervo Facial (Paralisia de Bell) é uma condição neurológica que provoca fraqueza ou paralisia súbita dos músculos de um lado do rosto. Afeta o VII nervo craniano, que controla as expressões faciais, o fecho dos olhos, a produção de lágrimas e saliva, e parte do paladar. É a forma mais comum de paralisia facial e é geralmente temporária.


Sintomas

Os sintomas da Paralisia de Bell surgem tipicamente de forma rápida, em poucas horas ou um dia, e afetam apenas um lado da face:

  • Queda súbita da face: Um lado do rosto parece “cair”, resultando num desvio da boca para o lado oposto.
  • Dificuldade ou incapacidade de controlar expressões faciais: Isto inclui incapacidade de sorrir, franzir a testa, levantar a sobrancelha ou fechar o olho no lado afetado.
  • Problemas com o olho: O olho do lado afetado pode não fechar completamente, o que pode levar a olho seco, lacrimejamento excessivo (devido à irritação ou incapacidade de distribuir as lágrimas) ou irritação.
  • Dificuldade em comer e beber: Alimentos e líquidos podem escapar pelo canto da boca do lado paralisado.
  • Perda ou alteração do paladar: Em parte da língua.
  • Alteração na produção de saliva e lágrimas: Pode haver diminuição ou aumento.
  • Dor: Algumas pessoas experienciam dor atrás da orelha ou na face, que pode anteceder ou acompanhar o início da paralisia.
  • Aumento da sensibilidade ao som (hiperacusia): No ouvido do lado afetado.

Causas

A Paralisia de Bell é considerada idiopática, o que significa que não tem uma causa específica conhecida na maioria dos casos. No entanto, a teoria mais aceite é que resulta da inflamação e inchaço do nervo facial, provavelmente desencadeados por uma infeção viral. Os vírus mais frequentemente associados incluem:

  • Vírus Herpes Simplex: O mesmo vírus que causa o herpes labial.
  • Vírus Varicela-Zoster: Que causa a varicela e o zona (cobreiro).
  • Outros vírus: Citomegalovírus, vírus Epstein-Barr (mononucleose), entre outros.

A inflamação comprime o nervo facial à medida que este passa por um canal ósseo estreito na base do crânio, levando à disfunção.


Diagnóstico

O diagnóstico da Paralisia de Bell é principalmente clínico, baseado na avaliação dos sintomas e na exclusão de outras condições mais graves que possam causar paralisia facial.

  • Histórico clínico detalhado: O médico irá perguntar sobre o início súbito e a evolução dos sintomas, bem como o histórico de infeções virais recentes ou outros problemas de saúde.
  • Exame físico e neurológico: O médico observará a simetria do rosto em repouso e pedirá ao paciente para realizar movimentos faciais (sorrir, franzir a testa, fechar os olhos com força, mostrar os dentes) para avaliar a extensão da paralisia. Também serão realizados testes neurológicos para descartar outras condições como AVC ou tumores, que geralmente apresentam outros défices neurológicos associados.
  • Exames complementares (se necessário):
    • Análises ao sangue: Podem ser feitas para descartar causas como a Doença de Lyme.
    • Ressonância Magnética Nuclear (RMN) ou Tomografia Axial Computorizada (TAC) da cabeça: Podem ser solicitadas para excluir tumores, AVC ou outras lesões cerebrais ou nervosas, caso o diagnóstico não seja claro ou haja sintomas atípicos.
    • Eletroneuromiografia (ENMG): Em alguns casos, pode ser realizada para avaliar a extensão do dano ao nervo facial e o seu potencial de recuperação, especialmente se a recuperação for lenta ou incerta.

Tratamento

O tratamento da Paralisia de Bell visa acelerar a recuperação e prevenir complicações:

  • Corticosteroides (ex: Prednisolona): São o tratamento de primeira linha e devem ser iniciados o mais rapidamente possível (idealmente nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas). Reduzem a inflamação e o inchaço do nervo facial, aumentando significativamente as chances de recuperação completa.
  • Antivirais (ex: Aciclovir, Valaciclovir): Podem ser prescritos em conjunto com os corticosteroides, embora a sua eficácia isolada na Paralisia de Bell seja menos clara do que em condições como a Síndrome de Ramsay Hunt.
  • Proteção ocular: Uma vez que o olho do lado afetado pode não fechar completamente, é crucial protegê-lo para prevenir lesões e secura:
    • Gotas lubrificantes (lágrimas artificiais) durante o dia.
    • Pomada ocular e oclusão do olho com fita adesiva ou um penso durante a noite.
    • Óculos de sol para proteger do vento e da luz solar intensa.
  • Fisioterapia: É fundamental para manter o tónus muscular, prevenir contraturas e ajudar na reeducação dos movimentos faciais à medida que o nervo recupera. O fisioterapeuta pode ensinar exercícios faciais específicos.
  • Cirurgia: Raramente necessária para a Paralisia de Bell. Em casos muito raros de compressão severa do nervo sem resposta ao tratamento ou em sequelas permanentes, podem ser consideradas cirurgias estéticas ou de reanimação facial.

Prevenção

A Paralisia de Bell, por ser idiopática na maioria dos casos e estar ligada a fatores virais imprevisíveis, não tem uma prevenção específica. No entanto, algumas medidas gerais podem ajudar a manter a saúde geral e potencialmente reduzir o risco de certas infeções:

  • Evitar o contacto com pessoas com infeções virais ativas: Na medida do possível.
  • Manter um sistema imunitário saudável: Através de uma dieta equilibrada, exercício físico regular e sono adequado.
  • Gerir o stress: O stress crónico pode afetar o sistema imunitário.
  • Vacinação: A vacinação contra o vírus Varicela-Zoster (vírus da zona/cobreiro) pode ser considerada em adultos mais velhos, pois este vírus é uma causa conhecida de paralisia facial (Síndrome de Ramsay Hunt).

A maioria dos indivíduos com Paralisia de Bell recupera total ou quase totalmente em algumas semanas ou meses. No entanto, é crucial procurar atendimento médico logo que os sintomas surjam para um diagnóstico preciso e início rápido do tratamento, o que otimiza as chances de uma boa recuperação.

Continuar a ler

Paralisia Facial

Paralisia Facial


A Paralisia Facial é uma condição caracterizada pela fraqueza ou paralisia dos músculos de um lado da face, resultando na impossibilidade de mover essa metade do rosto. É causada por uma disfunção do nervo facial (VII nervo craniano), que é responsável por controlar as expressões faciais, o fecho dos olhos, a sensibilidade do paladar em parte da língua e a produção de lágrimas e saliva. A forma mais comum é a Paralisia de Bell, que é idiopática (sem causa conhecida) e geralmente temporária.


Sintomas

Os sintomas da paralisia facial geralmente surgem de forma súbita, em poucas horas ou num dia, e afetam apenas um lado da face:

  • Queda da face: Um lado do rosto parece “cair”, com a boca desviada para o lado oposto.
  • Dificuldade em controlar expressões faciais: Incapacidade de sorrir, franzir a testa, levantar a sobrancelha ou fechar o olho no lado afetado.
  • Problemas com o olho: O olho do lado afetado pode não fechar completamente, levando a olho seco, lacrimejamento excessivo ou irritação.
  • Dificuldade em comer e beber: Alimentos e líquidos podem escapar pelo canto da boca do lado paralisado.
  • Perda ou alteração do paladar: Em parte da língua.
  • Alteração na produção de saliva e lágrimas: Diminuição ou aumento.
  • Dor: Pode haver dor atrás da orelha ou na face, antes ou durante o início da paralisia.
  • Aumento da sensibilidade ao som (hiperacusia): No ouvido do lado afetado.

Causas

A causa mais comum de paralisia facial é a Paralisia de Bell, que corresponde a cerca de 60-75% dos casos e é idiopática (sem causa aparente). No entanto, pensa-se que possa estar associada a:

  • Infeções virais: O vírus Herpes Simplex (o mesmo que causa o herpes labial) é o principal suspeito, mas outros vírus como o vírus da varicela-zoster (que pode causar Síndrome de Ramsay Hunt), citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, entre outros, também podem estar implicados. A inflamação e inchaço do nervo facial são uma resposta a estas infeções.
  • Traumatismos: Fraturas do crânio ou lesões na face que afetem o nervo facial.
  • Infeções do ouvido: Otite média ou outras infeções.
  • Tumores: Raramente, um tumor (por exemplo, no nervo acústico ou na glândula parótida) pode comprimir o nervo facial.
  • Doenças neurológicas: Esclerose Múltipla, AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou infeções do sistema nervoso central. No caso do AVC, a paralisia facial é geralmente incompleta e afeta predominantemente a parte inferior da face, permitindo ainda ao paciente franzir a testa.
  • Doença de Lyme: Uma infeção bacteriana transmitida por carraças.
  • Complicações cirúrgicas: Lesão do nervo facial durante cirurgias na face ou na cabeça.

Diagnóstico

O diagnóstico da paralisia facial é principalmente clínico, baseado na observação dos sintomas e na exclusão de outras causas mais graves:

  • Histórico clínico: O médico irá questionar sobre o início e a evolução dos sintomas, histórico de infeções ou traumatismos, e outras condições médicas.
  • Exame físico e neurológico: O médico irá avaliar a capacidade de mover os músculos faciais (pedindo para sorrir, franzir a testa, fechar os olhos, mostrar os dentes), a simetria da face em repouso e em movimento, e a presença de outros défices neurológicos que possam indicar uma causa diferente da Paralisia de Bell.
  • Exames complementares (se houver suspeita de outras causas):
    • Análises de sangue: Para detetar infeções (ex: Doença de Lyme) ou outras condições inflamatórias.
    • Ressonância Magnética Nuclear (RMN) ou Tomografia Axial Computorizada (TAC) da cabeça: Podem ser solicitadas para excluir tumores, AVC ou outras lesões cerebrais que possam estar a causar a paralisia.
    • Eletroneuromiografia (ENMG): Pode ser realizada para avaliar a extensão da lesão do nervo facial e o seu potencial de recuperação, especialmente em casos em que a recuperação é lenta ou incerta.

Tratamento

O tratamento da paralisia facial depende da causa subjacente. No caso da Paralisia de Bell, o tratamento visa acelerar a recuperação e prevenir complicações:

  • Corticosteroides (ex: Prednisolona): São o tratamento mais importante para a Paralisia de Bell e devem ser iniciados o mais rapidamente possível (idealmente nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas) para reduzir a inflamação e o inchaço do nervo facial, aumentando as chances de recuperação completa.
  • Antivirais (ex: Aciclovir, Valaciclovir): Podem ser prescritos em combinação com corticosteroides, embora a sua eficácia isolada seja debatida na Paralisia de Bell. São mais claramente indicados na Síndrome de Ramsay Hunt.
  • Proteção ocular: Como o olho pode não fechar completamente, é crucial protegê-lo para evitar lesões. Isso inclui:
    • Gotas lubrificantes (lágrimas artificiais) durante o dia.
    • Pomada ocular à noite.
    • Oclusão do olho com fita adesiva ou penso durante o sono.
    • Óculos de sol para proteger do vento e da luz.
  • Fisioterapia: É essencial para manter o tónus muscular, prevenir contraturas e ajudar na reeducação dos movimentos faciais. O fisioterapeuta pode ensinar exercícios específicos para estimular os músculos e evitar a atrofia.
  • Cirurgia: Raramente é necessária para a Paralisia de Bell. Pode ser considerada em casos de compressão severa do nervo ou se houver outras causas tratáveis cirurgicamente (ex: remoção de um tumor). Em casos de sequelas permanentes, podem ser realizadas cirurgias estéticas ou de reanimação facial.

Prevenção

A Paralisia de Bell, por ser idiopática, não tem uma forma de prevenção específica. No entanto, é possível prevenir algumas das causas secundárias de paralisia facial:

  • Vacinação: A vacinação contra a varicela pode reduzir o risco de infeções por Varicella-Zoster.
  • Controlo de doenças subjacentes: Gerir condições como a diabetes, que podem aumentar o risco de neuropatias.
  • Prevenção de traumatismos: Usar equipamentos de proteção em desportos de contacto ou em atividades de risco.
  • Tratamento precoce de infeções: Tratar atempadamente infeções do ouvido.
  • Higiene para evitar o herpes labial: Embora não previna a Paralisia de Bell diretamente, pode reduzir a recorrência de herpes.

A maioria dos casos de Paralisia de Bell recupera total ou quase totalmente em algumas semanas ou meses. No entanto, é fundamental procurar atendimento médico logo que os sintomas surjam para um diagnóstico preciso e início rápido do tratamento.

Continuar a ler

Nevralgia do Trigémio

Nevralgia do Trigémio


A Nevralgia do Trigémio (NT) é uma doença neurológica crónica caracterizada por episódios súbitos e intensos de dor facial, que podem ser descritos como choques elétricos, pontadas ou ardor. Esta dor afeta uma ou mais ramificações do nervo trigémio (V nervo craniano), que é responsável pela sensibilidade da face e funções motoras como a mastigação. É considerada uma das condições de dor mais excruciantes.


Sintomas

Os sintomas da Nevralgia do Trigémio são distintivos e incluem:

  • Dor intensa e súbita: A dor é descrita como um choque elétrico, pontada, facada ou ardor, de intensidade muito elevada.
  • Duração curta dos ataques: Os ataques de dor são geralmente breves, durando de segundos a alguns minutos, mas podem ocorrer em salvas.
  • Localização unilateral: A dor afeta tipicamente apenas um lado da face (muito raramente é bilateral), seguindo o percurso de uma ou mais ramificações do nervo trigémio (maxilar, mandibular ou oftálmica).
  • Pontos de gatilho (trigger points): A dor pode ser desencadeada por atividades quotidianas aparentemente inocentes, como tocar no rosto, lavar os dentes, barbear, mastigar, falar, engolir, sorrir, aplicar maquilhagem ou até mesmo uma brisa no rosto.
  • Períodos de remissão: Os pacientes podem ter períodos sem dor, que podem durar semanas, meses ou até anos, especialmente no início da doença. No entanto, com o tempo, estes períodos tendem a encurtar e a intensidade da dor pode aumentar.
  • Dor em áreas específicas: As áreas mais frequentemente afetadas são a bochecha, mandíbula e dentes.

Causas

A causa mais comum da Nevralgia do Trigémio é a compressão neurovascular, ou seja, um vaso sanguíneo (geralmente uma artéria, como a artéria cerebelar superior) está em contacto com o nervo trigémio no ponto onde este sai do tronco cerebral, causando uma irritação constante. No entanto, existem outras causas:

  • Esclerose Múltipla (EM): Em doentes com EM, a mielina (a bainha protetora dos nervos) pode ser danificada, incluindo a do nervo trigémio, levando à dor.
  • Tumores: Raramente, um tumor pode comprimir o nervo trigémio.
  • Malformações arteriovenosas: Anomalias nos vasos sanguíneos podem também causar compressão.
  • Lesões: Traumatismos faciais ou cirurgias podem, em casos raros, levar ao desenvolvimento de NT.
  • Causas idiopáticas: Em alguns casos, não é possível identificar uma causa específica para a dor.

Diagnóstico

O diagnóstico da Nevralgia do Trigémio é principalmente clínico, baseado na descrição dos sintomas pelo paciente, que são bastante característicos.

  • Histórico clínico detalhado: O médico irá questionar exaustivamente sobre as características da dor (tipo, intensidade, duração, localização, fatores desencadeantes) e o histórico médico do paciente.
  • Exame neurológico: O exame físico geralmente é normal, mas o médico pode verificar a sensibilidade facial, os reflexos e a função motora para descartar outras condições.
  • Ressonância Magnética Nuclear (RMN) cerebral: É fundamental para:
    • Confirmar a presença de compressão neurovascular (um vaso sanguíneo a tocar no nervo).
    • Descartar outras causas secundárias, como tumores ou lesões da esclerose múltipla que possam estar a afetar o nervo trigémio.

Tratamento

O tratamento da Nevralgia do Trigémio visa o alívio da dor, e pode ser dividido em tratamento farmacológico e não farmacológico (incluindo procedimentos e cirurgia):

  • Tratamento Farmacológico (primeira linha):
    • Carbamazepina: É o medicamento de primeira escolha e o mais eficaz para a maioria dos doentes.
    • Oxcarbazepina: Outro fármaco antiepilético que pode ser usado, com um perfil de efeitos secundários ligeiramente diferente da carbamazepina.
    • Outros medicamentos: Gabapentina, pregabalina, baclofeno ou lamotrigina podem ser utilizados como alternativas ou em combinação, especialmente se a carbamazepina não for eficaz ou bem tolerada.
  • Tratamento Não Farmacológico/Invasivo (para casos refratários):
    • Injeções de toxina botulínica: Podem ser úteis em alguns pacientes para reduzir a dor.
    • Rizotomia por Radiofrequência: Destrói seletivamente as fibras nervosas que transmitem a dor.
    • Glicerol Rizólise: Injeção de glicerol para danificar o nervo e interromper a transmissão da dor.
    • Compressão por balão: Um balão é insuflado para comprimir o nervo.
    • Radiocirurgia Estereotáxica (Gamma Knife ou CyberKnife): Um tipo de radioterapia que entrega uma dose de radiação focada no nervo trigémio, causando um dano que impede a transmissão da dor.
    • Descompressão Microvascular (DMV): É uma cirurgia que visa aliviar a compressão do nervo trigémio por um vaso sanguíneo. É considerada a opção mais eficaz para alívio a longo prazo da dor, especialmente em casos de compressão neurovascular confirmada. Consiste em colocar uma pequena almofada entre o nervo e o vaso sanguíneo.

Prevenção

A Nevralgia do Trigémio geralmente não é uma condição que possa ser prevenida no sentido tradicional, uma vez que a sua causa mais comum (compressão neurovascular) não está ligada a fatores de estilo de vida modificáveis. No entanto, algumas estratégias podem ajudar a gerir os sintomas ou a reduzir o risco de desencadear crises em pessoas já diagnosticadas:

  • Evitar os “gatilhos”: Identificar e evitar os fatores que desencadeiam os ataques de dor (ex: evitar alimentos muito quentes ou frios, proteger o rosto do vento, usar escovas de dentes macias).
  • Gerir o stress: O stress pode agravar a perceção da dor. Técnicas de relaxamento podem ser úteis.
  • Medicação profilática: Em alguns casos, a medicação pode ser ajustada para tentar prevenir as crises, embora o objetivo principal seja o controlo da dor quando esta ocorre.

Continuar a ler

Hérnia cervical

Hérnia Cervical


Uma hérnia discal cervical, comummente referida como hérnia cervical, ocorre quando um dos discos que se encontram entre as vértebras da coluna cervical (pescoço) se danifica e o seu núcleo gelatinoso (núcleo pulposo) extravasa ou protrui, pressionando os nervos adjacentes ou a medula espinhal. Estes discos funcionam como amortecedores e permitem o movimento flexível da coluna.


Sintomas

Os sintomas da hérnia cervical podem variar dependendo da localização da hérnia e se esta está a comprimir um nervo ou a medula espinhal:

  • Dor no pescoço: Frequentemente é o primeiro sintoma, podendo ser uma dor localizada ou que se espalha para os ombros e braços.
  • Dor irradiada para o braço (cervicobraquialgia): É um sintoma comum e ocorre quando a hérnia comprime uma raiz nervosa. A dor pode ser aguda, em “choque”, ou uma dor constante e surda, que se agrava com certos movimentos do pescoço.
  • Formigueiro, dormência ou “picadas”: Sensações anormais na mão, braço ou ombro, dependendo do nervo afetado.
  • Fraqueza muscular: Dificuldade em mover o braço ou a mão, ou em segurar objetos, devido à compressão do nervo que controla esses músculos.
  • Perda de reflexos: Os reflexos nos braços podem estar diminuídos ou ausentes.
  • Cefaleia: Dores de cabeça, especialmente na parte de trás da cabeça, podem ocorrer.
  • Sintomas de mielopatia (compressão da medula espinhal): Em casos mais graves, se a hérnia comprimir a medula, podem surgir sintomas como dificuldade em andar, perda de equilíbrio, fraqueza em ambos os braços e pernas, e problemas de controlo da bexiga ou intestino. Estes são sintomas de alarme que requerem atenção médica imediata.

Causas

A hérnia cervical é frequentemente o resultado do desgaste natural dos discos (degeneração discal) que ocorre com o envelhecimento. No entanto, pode ser precipitada ou agravada por:

  • Traumatismos: Acidentes (como o “efeito de chicote” em acidentes de viação), quedas ou lesões desportivas que causam impacto no pescoço.
  • Esforço repetitivo ou má postura: Atividades que envolvem movimentos repetitivos do pescoço ou manter posturas incorretas por longos períodos (ex: uso de computador, telemóvel) podem sobrecarregar os discos.
  • Levantamento de pesos de forma incorreta: Especialmente se envolver torção do tronco e pescoço.
  • Fatores genéticos: Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética para problemas discais.
  • Tabagismo: O fumo pode reduzir o fluxo sanguíneo para os discos, acelerando a sua degeneração.
  • Obesidade: O excesso de peso pode aumentar a carga sobre a coluna.

Diagnóstico

O diagnóstico da hérnia cervical é feito através de uma combinação de:

  • Histórico clínico detalhado: O médico irá recolher informações sobre os sintomas, a sua duração, intensidade, fatores que os agravam ou aliviam, e histórico de lesões ou doenças.
  • Exame físico e neurológico: Avaliação da postura, palpação do pescoço, e avaliação da amplitude de movimento. O médico também realizará testes neurológicos para verificar a força muscular, sensibilidade, reflexos nos braços e pernas, e sinais de compressão da medula espinhal.
  • Exames de imagem:
    • Radiografia (RX): Pode mostrar o alinhamento da coluna e sinais de artrose, mas não visualiza diretamente a hérnia.
    • Ressonância Magnética Nuclear (RMN): É o exame de eleição para o diagnóstico da hérnia cervical, pois permite visualizar detalhadamente os discos, nervos, medula espinhal e outras estruturas de tecidos moles.
    • Tomografia Axial Computorizada (TAC): Pode ser usada para visualizar melhor as estruturas ósseas e, por vezes, a hérnia, especialmente se a RMN for contraindicada.
  • Eletromiografia (EMG) e Estudos de Condução Nervosa: Podem ser realizados para avaliar a função dos nervos e músculos, confirmando a compressão nervosa e a sua localização.

Tratamento

O tratamento da hérnia cervical é, na maioria dos casos, conservador (não cirúrgico).

  • Tratamento Conservador:

    • Repouso relativo: Evitar atividades que agravem a dor e o pescoço.
    • Medicação:
        • Analgésicos: Para alívio da dor.
        • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Para reduzir a inflamação e a dor.

      • Relaxantes musculares: Para aliviar espasmos.
      • Corticosteroides orais: Podem ser usados para reduzir a inflamação grave.
      • Antidepressivos tricíclicos ou gabapentinoides: Podem ser prescritos para dor neuropática.
    • Fisioterapia: Essencial para fortalecer os músculos do pescoço, melhorar a postura, alongar os músculos tensos e mobilizar a coluna. Pode incluir terapia manual, exercícios terapêuticos, tração cervical e modalidades como ultrassom ou eletroterapia.
    • Injeções: Infiltrações epidurais ou foraminais de corticosteroides e anestésicos podem ser utilizadas para aliviar a dor e a inflamação diretamente na zona afetada.
  • Tratamento Cirúrgico: É considerado quando o tratamento conservador não é eficaz após várias semanas ou meses, ou se houver sinais de compressão grave da medula espinhal (mielopatia) ou défice neurológico progressivo (fraqueza crescente). As opções cirúrgicas incluem:

    • Discectomia cervical anterior com fusão (ACDF): A abordagem mais comum, onde o disco é removido e as vértebras são fundidas.
    • Artroplastia cervical (prótese de disco): Substituição do disco por uma prótese que permite manter alguma mobilidade.
    • Laminectomia/Laminoplastia: Em casos de compressão medular mais extensa.

Prevenção

Embora nem todas as hérnias cervicais possam ser prevenidas, especialmente as relacionadas com a degeneração natural, algumas medidas podem reduzir o risco:

  • Manter uma boa postura: Evitar posturas prolongadas que sobrecarreguem o pescoço, especialmente ao usar computadores ou telemóveis. Ajustar a ergonomia no local de trabalho.
  • Exercício físico regular: Fortalecer os músculos do pescoço, ombros e costas, e manter a flexibilidade através de alongamentos.
  • Evitar o tabagismo: O fumo compromete a saúde dos discos.
  • Controlar o peso: Manter um peso saudável para reduzir a carga sobre a coluna.
  • Técnicas de levantamento corretas: Usar as pernas para levantar pesos e evitar torcer o tronco e o pescoço ao levantar.
  • Dormir adequadamente: Usar um colchão e almofada que proporcionem um bom suporte para o pescoço e mantenham o alinhamento da coluna.
  • Gerir o stress: O stress pode levar a tensão muscular no pescoço.
  • Pausas em atividades repetitivas: Fazer pausas regulares para alongar e movimentar o pescoço em trabalhos que exigem posturas prolongadas.

Continuar a ler

Cervicalgia

Cervicalgia


A cervicalgia é o termo médico para dor no pescoço. É uma condição muito comum que afeta uma grande percentagem da população em alguma altura da vida, sendo caracterizada por dor e rigidez na região cervical, que se estende da base do crânio até à parte superior das costas.


Sintomas

Os sintomas da cervicalgia podem variar em intensidade e localização, mas os mais frequentes incluem:

  • Dor no pescoço: Pode ser uma dor localizada, surda, constante ou aguda, que piora com o movimento.
  • Rigidez no pescoço: Dificuldade em movimentar a cabeça, especialmente ao virar ou inclinar.
  • Dor irradiada: A dor pode irradiar para os ombros, braços e até para as mãos (neste caso, pode ser um sinal de cervicobraquialgia, que envolve compressão nervosa).
  • Dores de cabeça: Muitas vezes, a dor no pescoço pode causar dores de cabeça, especialmente na parte de trás da cabeça (cefaleia cervicogénica).
  • Espasmos musculares: Contrações involuntárias e dolorosas dos músculos do pescoço.
  • Sensibilidade ao toque: A área afetada pode ser dolorosa ao ser tocada ou pressionada.
  • Formigueiro ou dormência: Se houver compressão nervosa, pode sentir-se formigueiro, dormência ou fraqueza nos braços e mãos.
  • Limitação de movimento: Dificuldade em realizar atividades diárias que exijam movimentação do pescoço.

Causas

A cervicalgia é geralmente multifatorial, mas as causas mais comuns incluem:

  • Má postura: Manter posturas incorretas por longos períodos (ex: ao usar o computador, telemóvel, ou ao dormir em posições inadequadas).
  • Tensão muscular e stress: O stress emocional pode levar à tensão crónica dos músculos do pescoço e ombros.
  • Lesões e traumatismos: Acidentes (como o “efeito de chicote” em acidentes de viação), quedas, lesões desportivas ou movimentos bruscos que afetam o pescoço.
  • Sobrecarga muscular: Esforço excessivo ou repetitivo dos músculos do pescoço, como levantar pesos de forma incorreta.
  • Desgaste das articulações (osteoartrite cervical): Com o envelhecimento, as articulações da coluna cervical podem desgastar-se, levando a dor e rigidez.
  • Hérnia discal cervical: Quando um disco intervertebral se desloca e comprime os nervos.
  • Doenças inflamatórias: Artrite reumatoide ou espondilite anquilosante podem afetar a coluna cervical.
  • Problemas estruturais: Menos comuns, como anomalias congénitas ou tumores (raro).

Diagnóstico

O diagnóstico da cervicalgia é feito através de:

  • Histórico clínico detalhado: O médico irá recolher informações sobre os sintomas, duração, intensidade, fatores que os agravam ou aliviam, e histórico de lesões ou doenças.
  • Exame físico: Avaliação da postura, palpação dos músculos do pescoço e ombros para identificar pontos de dor ou espasmos, e avaliação da amplitude de movimento do pescoço. O médico também pode realizar testes neurológicos para verificar a força, sensibilidade e reflexos dos braços e mãos, especialmente se houver suspeita de compressão nervosa.
  • Exames de imagem:
    • Radiografia (RX): Pode mostrar alterações ósseas, como artrose, alinhamento da coluna ou fraturas.
    • Tomografia Axial Computorizada (TAC): Fornece imagens mais detalhadas dos ossos e pode ajudar a identificar estenoses (estreitamentos) ou hérnias.
    • Ressonância Magnética Nuclear (RMN): É o exame mais útil para visualizar os tecidos moles, como discos intervertebrais, nervos, músculos e ligamentos, sendo essencial para detetar hérnias discais, inflamação ou outras lesões.
  • Eletroneuromiografia (ENMG): Pode ser solicitada para avaliar a função dos nervos e músculos, especialmente se houver sintomas neurológicos como formigueiro ou fraqueza.

Tratamento

O tratamento da cervicalgia visa aliviar a dor, restaurar a função do pescoço e prevenir recorrências:

  • Medidas conservadoras (primeira linha de tratamento):
    • Repouso relativo: Evitar atividades que agravem a dor.
    • Medicação:
      • Analgésicos: Paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para alívio da dor e inflamação.
      • Relaxantes musculares: Podem ser prescritos para aliviar espasmos musculares.
      • Outros medicamentos: Em casos específicos, como dor neuropática, podem ser usados medicamentos específicos.
    • Aplicação de calor ou frio: O calor ajuda a relaxar os músculos, enquanto o frio pode ser útil para reduzir a inflamação aguda.
    • Fisioterapia: É fundamental. Inclui terapia manual (massagem, mobilizações articulares), alongamentos, exercícios de fortalecimento dos músculos do pescoço e ombros, técnicas de reeducação postural, e uso de modalidades como ultrassom ou eletroterapia.
    • Modificação de atividades: Ajustar a ergonomia do local de trabalho, melhorar a postura e evitar movimentos que desencadeiem a dor.
  • Tratamentos complementares: Acupuntura, osteopatia ou quiroprática podem ser consideradas, mas a sua eficácia deve ser avaliada individualmente e complementam o tratamento convencional.
  • Infiltrações: Em casos de dor persistente, podem ser realizadas infiltrações com corticosteroides perto das raízes nervosas ou articulações facetárias.
  • Cirurgia: É uma opção rara e é considerada apenas em casos graves e persistentes que não respondem ao tratamento conservador, especialmente quando há compressão nervosa significativa com défice neurológico progressivo ou instabilidade da coluna.

Prevenção

A prevenção da cervicalgia envolve a adoção de hábitos saudáveis e a correção de fatores de risco:

  • Manter uma boa postura: Consciência postural ao sentar, caminhar e trabalhar. Usar cadeiras ergonómicas e ajustar monitores de computador à altura dos olhos.
  • Ergonomia no local de trabalho: Adaptar o ambiente de trabalho para evitar sobrecargas no pescoço.
  • Exercício físico regular: Fortalecer os músculos do pescoço, ombros e costas. Incluir alongamentos para manter a flexibilidade.
  • Gerir o stress: Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga ou mindfulness, para reduzir a tensão muscular.
  • Dormir adequadamente: Usar um colchão e almofada que proporcionem um bom suporte para o pescoço e mantenham o alinhamento da coluna.
  • Evitar carregar pesos excessivos: Distribuir o peso de forma equilibrada.
  • Fazer pausas: Em atividades que exijam longos períodos na mesma posição, fazer pausas regulares para alongar e movimentar o pescoço.
  • Hidratação e nutrição: Manter-se bem hidratado e ter uma dieta equilibrada.

Se a dor no pescoço for persistente, intensa, ou acompanhada de sintomas como formigueiro, dormência ou fraqueza nos braços, é crucial procurar um médico para um diagnóstico e tratamento adequados.

Continuar a ler

Contraturas Musculares

Contraturas Musculares


As contraturas musculares são endurecimentos de um músculo ou parte dele, que se mantêm mesmo em repouso. São como um “nó” no músculo, que se torna palpável e causa dor. Resultam de uma contração muscular involuntária, contínua e persistente, que impede o relaxamento normal das fibras musculares.


Sintomas

Os sintomas mais comuns de uma contratura muscular incluem:

  • Dor localizada: A dor é o sintoma principal, geralmente na zona do músculo afetado. Pode ser uma dor surda, constante ou aguda ao toque.
  • Massa palpável ou “nó”: O músculo, ou parte dele, apresenta-se endurecido e é possível sentir uma espécie de “nó” ou banda tensa ao toque.
  • Rigidez: O músculo fica rígido, limitando a amplitude de movimento da articulação próxima. Por exemplo, uma contratura no pescoço pode dificultar o movimento da cabeça.
  • Sensibilidade ao toque: A área afetada é dolorosa ao ser tocada ou pressionada.
  • Fraqueza muscular: Em alguns casos, o músculo pode apresentar-se mais fraco.

Causas

As contraturas musculares são multifatoriais e podem ser causadas por:

  • Sobrecarga ou esforço excessivo: Exceder os limites do músculo, seja através de exercício físico intenso, levantamento de pesos ou atividades repetitivas.
  • Má postura: Manter posturas incorretas por longos períodos, seja no trabalho (ex: uso de computador), ao dormir ou no dia a dia.
  • Stress e tensão emocional: O stress leva à tensão muscular crónica, especialmente nos ombros, pescoço e costas.
  • Frio: A exposição ao frio pode levar à contração involuntária dos músculos.
  • Desidratação e má nutrição: A falta de água e de eletrólitos essenciais (como magnésio e potássio) pode comprometer o funcionamento muscular.
  • Fadiga muscular: Músculos fatigados são mais propensos a desenvolver contraturas.
  • Movimentos bruscos ou incorretos: Realizar um movimento de forma repentina ou errada.
  • Lesões anteriores: Um músculo que sofreu uma lesão anterior pode ser mais propenso a contraturas.

Diagnóstico

O diagnóstico da contratura muscular é maioritariamente clínico e baseia-se em:

  • Histórico clínico: O médico irá questionar sobre os sintomas, a sua localização, intensidade, duração e os fatores que os desencadeiam ou aliviam.
  • Exame físico: A palpação do músculo é crucial para identificar a área endurecida, o “nó” e a sensibilidade ao toque. O médico também avaliará a amplitude de movimento da articulação afetada.
  • Exames complementares: Raramente são necessários exames de imagem como RX, TAC ou RMN para diagnosticar uma contratura simples, pois estas não aparecem visíveis. No entanto, podem ser solicitados para excluir outras condições mais graves, como lesões ósseas ou discais, se houver suspeita.

Tratamento

O tratamento das contraturas musculares visa aliviar a dor e promover o relaxamento do músculo:

  • Repouso relativo: Evitar atividades que agravem a dor.
  • Aplicação de calor: Bolsas de água quente, toalhas quentes ou duches quentes ajudam a relaxar o músculo e a aumentar o fluxo sanguíneo.
  • Massagem: Massagens localizadas podem ajudar a desfazer o “nó” e a relaxar as fibras musculares.
  • Alongamentos: Realizar alongamentos suaves e progressivos do músculo afetado, sempre dentro dos limites da dor.
  • Medicação:
    • Analgésicos: Para alívio da dor.
    • Anti-inflamatórios: Para reduzir a inflamação, se presente.
    • Relaxantes musculares: Podem ser prescritos em casos de dor mais intensa ou contraturas persistentes, mas devem ser usados com precaução devido aos seus efeitos secundários.
  • Fisioterapia: Um fisioterapeuta pode utilizar diversas técnicas como ultrassons, eletroterapia, terapia manual e exercícios específicos para ajudar na recuperação e prevenção.
  • Acupuntura: Em alguns casos, pode ser uma opção para alívio da dor e relaxamento muscular.

Prevenção

Prevenir as contraturas musculares passa pela adoção de hábitos saudáveis e pela correção de fatores de risco:

  • Aquecimento e alongamento: Realizar um aquecimento adequado antes de qualquer atividade física e alongamentos no final.
  • Postura correta: Manter uma boa postura no trabalho, ao sentar, ao caminhar e ao levantar objetos. Ajustar a ergonomia do local de trabalho.
  • Evitar o stress: Praticar técnicas de relaxamento, como ioga, meditação ou mindfulness.
  • Hidratação adequada: Beber bastante água ao longo do dia.
  • Alimentação equilibrada: Garantir uma ingestão suficiente de nutrientes, incluindo minerais como magnésio e potássio.
  • Não exceder os limites: Evitar sobrecarregar os músculos, especialmente em atividades físicas intensas. Aumentar a intensidade e a duração do exercício gradualmente.
  • Descanso suficiente: Dar tempo aos músculos para recuperar após o esforço.
  • Proteção contra o frio: Agasalhar-se adequadamente em ambientes frios.

Se as contraturas forem frequentes, intensas ou não melhorarem com as medidas de autocuidado, é aconselhável procurar um médico ou fisioterapeuta para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

Continuar a ler

Disfunção da Articulação Temporomandibular (ATM)

Disfunção da Articulação Temporomandibular (ATM)


Disfunção da Articulação Temporomandibular

O que é?

A disfunção da ATM é um conjunto de distúrbios que afetam os músculos mastigatórios e estruturas associadas. É complexa de diagnosticar e tratar, predominante em mulheres, e causa dor intensa com restrição do movimento da mandíbula.

Sintomas

Incluem dor na face, ATM e músculos mastigatórios, além de dores de cabeça, ouvido e pescoço. Há uma forte ligação com a coluna cervical, podendo também causar zumbidos, redução da audição e vertigem. A dor varia em frequência e intensidade, e pode haver limitações na abertura da boca, bloqueio e dificuldades na mastigação.

-Dor ou desconforto na mandíbula e/ou nos músculos mastigatórios
-Dores de cabeça, no ouvido e pescoço
-Dificuldade para abrir ou fechar a boca
-Zumbido no ouvido e sensação de redução de audição
-Vertigem e sensação de rosto cansado

Causas

Geralmente multifatorial, as causas incluem traumatismos (acidentes), patologias articulares (artrite), bruxismo (ranger os dentes) e tensão muscular/emocional.

-Bruxismo (apertar ou ranger os dentes)
-Trauma na região da mandíbula
-Stresse emocional e tensão muscular
-Má oclusão
-Hábitos como roer unhas ou morder os lábios

Diagnóstico

Baseia-se em exame físico (palpação muscular e da ATM, avaliação de movimentos e ruídos articulares, análise da saúde oral) e, complementarmente, exames como RX, TAC e RMN.

Tratamento

A maioria dos casos (cerca de 90%) é resolvida com tratamento conservador: medicação, goteiras de relaxamento, fisioterapia e reprogramação postural. Cirurgia é reservada para situações específicas.

Prevenção

Para evitar a dor na mandíbula:

  • Reduzir o stress para controlar o bruxismo.
  • Evitar alimentos que exijam mastigação excessiva (pastilhas, gomas, caramelos).
  • Evitar alimentos duros (nozes, frutos inteiros, gelo).

Continuar a ler